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Revascularização do Miocárdio

A obstrução da artérias do coração (artérias coronárias) causam infarto do miocárdio e são a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

A cirurgia de revascularização do miocárdio, popularmente conhecida como ponte de safena, oferece um caminho alternativo ao sangue, passando por cima da obstrução e levando sangue novamente ao coração (por isso é chamada de "ponte"). As "pontes" podem ser de veia safena, de artéria mamária (torácica interna), artéria radial e outras.

O avanço da tecnologia e dos cuidados médicos garantem uma melhora constante dos resultados cirúrgicos, permitindo cirurgias cada vez mais seguras e duradouras.

A cirurgia de revascularização do miocárdio permite aos pacientes viver mais (menor mortalidade) e viver melhor (menos sintomas, menor risco de infarto e menor necessidade de intervenções).

O acúmulo de placas de gordura nas artérias do coração, conhecidas como ateromas ou aterosclerose coronariana, se desenvolvem ao longo de muitos anos. Os fatores de risco são pressão alta, diabetes, tabagismo, colesterol elevado, história familiar, sedentarismo, entre outros. Os tratamentos com remédios e mudança do estilo de vida para uma vida mais saudável é fundamental para evitar a progressão da doença, porém não consegue fazer regredir o ateroma. A medida que o acúmulo de aumenta no coração, aumenta o risco de infarto e morte.

O infarto pode ter consequências leve ou ser fatal, a depender do tamanho e da localização do infarto, da condição de saúde do paciente e da possibilidade ou não de fazer o tratamento mais adequado. O infarto do miocárdio é a principal causa de morte e insuficiência cardíaca no Brasil e no mundo, e deve ser evitado a todo custo. A cirurgia de revascularização do miocárdio há décadas tem sido estudada e realizada para evitar a ocorrência de infarto do coração. Com o avanço das técnicas cirúrgicas, dos cuidados médicos ao paciente e das tecnologias, é possível realizar cirurgias cada vez mais seguras e com melhores resultados, mesmo em pessoas mais idosas e com mais doenças associadas.

A cirurgia de revascularização do miocárdio já foi comparada a outras formas de tratamento e tem demonstrado consistentemente que apresenta os melhores resultados a médio e longo prazo. A qualidade da revascularização, a durabilidade do tratamento e a possiblidade de tratamento completo são os pilares da cirurgia. Vários estudos científicos comprovaram ao longo das últimas décadas que a cirurgia de revascularização é a melhor forma de tratar a obstrução das artérias coronárias.

Em 2013 foi publicado o SYNTAX trial¹ , grande e importante estudo científico, com 1800 pacientes, acompanhados ao longo de 5 anos, comparando a cirurgia de revascularização do miocárdio com angioplastia coronariana (colocação de stent), em pacientes com doença coronariana avançada (lesões importantes triarteriais/multiarteriais ou de tronco de coronária esquerda). Mais uma vez foi demonstrado o amplo benefício da cirurgia sobre a angioplastia quando analisados desfechos de morte, derrame (AVC), infarto do miocárdio e necessidade de novas intervenções (26,9 % vs 37,3%). Mesmo que tenha sido comparado com uso de stent considerado de última geração, o grupo tratado com cirurgia teve menos da metade da morte de causa cardíaca (4% vs 9,2%), metade da taxa de infarto do miocárdio (3,8% vs 9,7%) e de necessidade de nova revascularização (13,7% vs 25,9%). 

Referências Bibliográficas:

1. FW Mohr. Lancet, 2013. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(13)60141-5

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